Jogo truncado

Faltando 2 minutos pro fim do jogo e a bola está na marca do penalty O jogo será decidido em favor dos camisa cinza. De repente uma confusão: um camisa marrom teria xingado o back direito camisa cinza, dizendo despautérios sobre as atividades sexuais da mãe do rapaz. Grande para um artilheiro de meio-campo, mas pequeno para um defensor, o dito rapaz avoluma-se e investe contra o ex-adversário e agora inimigo mortal de muitas encarnações. Vira bicho! Parte prá cima. Estupidamente aceita a provocação e corre na direção do desafeto. A turma do deixa-disso aparece, policiais avançam, mas não entram em campo, ficam ali, perto da linha, em cima do "vamu vê"! Os jornalistas alvoroçados, sem saber direito o que está acontecendo se acotovelam na beirada do campo, especulando e vaticinando o comportamento arbitral! Os jogadores trocam acusações, um grupo de cinco correm na direção do juiz aos berros, querem a anulação da penalidade máxima. As torcidas gritam, por razões antagônicas, ofensas terríveis e pragas indizíveis à genitora do assistente que fez a marcação, senhora da terceira idade, que sofre de alzheimer e nem tem idéia da realidade.
A turma do deixa-disso vacila por um momento e os dois se atracam, "socos, pontapés, cabeças e braços rolaram" no gramado!
O árbitro impassível diante dos cinco que o rodeiam põe a mão na bunda, se apalpa, e acha a abertura do short e saca o vermelho do bolso, mostra-o ao primeiro que chegou à sua presença, e quando faz menção de mostrá-lo ao segundo recebe um jeb de direita e um ponta-pé no joelho do diretor de futebol dos camisa cinza, ou seja, a essa altura ninguém mais se entendia. Fotógrafos e repórteres entraram em campo, seguidos dos reservas e dos demais dirigentes presentes, todos ao gramado!
Sem juiz o jogo foi suspenso e a cobrança do penalty adiada para a continuação da partida.
"Haverá choro e ranger de dentes!"

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